Residencial 57 - Bairro Decadente

Inspirado nos residenciais soviéticos inaugurados na década anterior, o prédio foi uma repaginação do mesmo projeto usando a arquitetura da Europa ocidental da época. O sucesso do primeiro projeto incentivou a construção de outros como este no mesmo bairro ao longo da próxima década, sendo numerados de acordo com o ano de fundação. Apesar de simples, os apartamentos abrigam bem as famílias trabalhadoras que moram na região, que possui acesso a comercio e a serviços na rua do mercado.
Embora não aparente em uma primeira olhada, muitos blocos estão interditados devido a problemas na construção, problemas estes ocasionados pelo desvio de verbas públicas em uso de materiais contraindicados. Prédios inteiros esperam por pericias técnicas ou mesmo reformas estruturais para serem entregues aos moradores, no entanto, muitas famílias passaram a ocupar as construções sem autorização, mesmo cientes do risco de desabamento.
A atividade comercial, ou qualquer outra com fins lucrativos é proibida dentro do residencial, sendo alvarás emitidos apenas para a rua do mercado, no entanto, muitas são as lojinhas improvisadas nas áreas comuns dos blocos. A presença de barracas de lanches passou não só a ser comum, como foi bem quista pelos moradores, com exceção daqueles que possuem negócios no bairro vizinho e pagam por isso. Roubos e vandalismos ocorridos durante a noite não são incomuns nestes comércios improvisados.
Domínio[editar | editar código-fonte]
A região se tornou o domínio de uma gangue conhecida como os garotos perdidos, que fazem questão de marcar o seu território com pichações. É o único distrito da cidade que possui membros anarquistas[1], embora estes não sejam reconhecidos como os donos do território pela Torre de Marfim[2] – o que não os impede de continuarem se espalhando pelos subúrbios.
Rumores[editar | editar código-fonte]
A suspeita é de que as raves realizadas no bloco 69, na verdade sejam uma maneira de mascarar encontros dos anarquistas[1] com os Brujah[3]. Apesar dos rebeldes[3] resistirem a invasão de seus domínios realizadas pelos rivais, parte deles estaria insatisfeita com a falta de apoio oferecida pela seita[2] e estaria disposta a pular o muro..
Pontos de interesse[editar | editar código-fonte]
Bloco 69[editar | editar código-fonte]

Assim identificado por uma pichação em sua entrada, o prédio é usado para a realização de festas clandestinas, irritando a vizinhança e aumentando a violência durante as noites de balburdia. Estranhamente, nenhuma iniciativa parece ser tomada contra a ocupação e o vandalismo ocorrido na construção.
Este foi mais um dos prédios a serem abandonados durante a sua construção devido ao desvio de verbas. A demolição nunca ocorreu devido o risco de desabamento de blocos vizinhos, o que não impediria uma ocupação por pessoas em situação de rua meses depois. Apesar da interdição e dos avisos a respeito do risco, o bloco só foi esvaziado por seus ocupantes depois da queda de parte de sua estrutura.
A morte de duas famílias durante o desabamento, provocou uma revolta no bairro e levou o poder público a procurar soluções para os prédios de areia – como ficariam conhecidos. Novas moradias populares foram construídas na vizinhança, enquanto as obras condenadas eram demolidas ou bloqueadas para evitarem novas ocupações.
Embora o bloco 69 tenha sido bloqueado por não poder ser demolido, as entradas foram liberadas e pequenos grupos começaram a frequentar o prédio durante as noites. A quantidade de adolescentes aumentou com o passar do tempo e um movimento conhecido como rave se estabeleceu no que restou do prédio.
"Decay, decay, decays is what we reach for
Today, to die, no white flags, have ‘em high
Decay, decay, decay is what we live for
Hurray, hurray, no one will save us today
Wasted and wounded"
Centro comunitário[editar | editar código-fonte]
A construção do centro comunitário serviu para melhorar as condições dos serviços prestados a população dos subúrbios. Apesar da estrutura inicial ser considerada satisfatória, não demorou para que diversos problemas ocorressem, sendo necessária a criação de uma estrutura para analisar e cadastrar os usuários em um banco de dados da prefeitura da cidade.
A marcação de consultas, matrículas escolares e a requisição de assistências sociais passariam a ser realizadas no centro comunitário visando facilitar os processos. A iniciativa melhorou imensamente a qualidade dos serviços prestados assim que implantada, mas não demorou para que o sucateamento do sistema ocorresse e isolasse a população mais pobre em uma estrutura incapaz de atendê-la.
Em uma espécie de segregação social realizada pela prefeitura da cidade, os moradores dos subúrbios não conseguem mais buscar serviços em outros bairros e passaram a ter que esperar por meses para terem uma simples requisição atendida. Apesar dos protestos e da insatisfação dos moradores, pouco foi feito pelo poder público nos últimos anos para resolver a situação.
A presença de delinquentes no centro comunitário e na estrutura do complexo durante a noite é outro problema constante. Os roubos de materiais nas escolas, creches e unidades de saúde por estes bandidos servem de desculpa para a prefeitura, que alega não possuir verbas para reposição e direciona a responsabilidade para a polícia.