Clãs

Brujah[editar | editar código-fonte]

Foram um dos primeiros clãs a se estabelecerem na cidade, onde ao lado dos Toreadores[1] fundaram faculdades que hoje são referência em toda a região. A filosofia era o ideal perseguido pelos rebeldes de Nero Forte, querendo fugir dos conflitos pelos quais acabaram ficando marcados em sua história, o que acabou não acontecendo.
Entre episódios recentes, os Brujah[2] se destacaram em sua luta contra o fascismo e grupos de extrema direita que surgiram ao fim da segunda guerra mundial e usavam a cidade como base. A luta parecia ser exclusiva do clã, não conquistando o apoio da Torre de Marfim[3], que considerava o assunto mundano demais para se preocupar.
A falta de apoio que não fez falta contra os fascistas, assunto o qual lidaram com maestria sozinhos, acabou sendo necessária em um outro assunto: a corrução instaurada na igreja da cidade. E mais uma vez se viram sozinhos, e pior, estavam impedidos de atuarem contra a organização religiosa que era patrocinada pelo clã do príncipe da cidade, os Malkavianos[4].
Apesar dos boicotes, os rebeldes[2] permaneciam na cidade lutando por seus interesses e acreditando em uma Nero Forte mais justa, o que estava bem distante de acontecer. Em menor número se comparado ao seu passado, ainda eram um dos clãs mais numerosos da cidade, permanecendo resilientes mesmo após diversas derrotas políticas para a Camarilla[3].
Gangrel[editar | editar código-fonte]

A sua presença na cidade se limita a áreas de reserva e as vastas zonas rurais nos arredores da mesma, o clã se afastou não somente dos centros urbanos, mas de todo o convívio político de Nero Forte. Anos de negligencia e até traições os fizeram abandonar a corte e se considerarem como independentes.
As relações com os nobres[5] e com os lunáticos[4] chegou ao seu limite, levando a um rompimento das relações após serem acusados de compactuarem com lupinos contra os planos da expansão de empresas de extração pertencentes a membros da Torre de Marfim. Apesar de defenderem a sua causa e baterem de frente contra os Ventrue[5], negam a aliança e justificam a sua saída devido à falta de apoio do príncipe.
Indiferente a essa questão, o príncipe acredita que em um momento de necessidade o clã voltaria a corte, e que o afastamento deles neste momento evitaria dores de cabeça políticas, no entanto, sabe também que enquanto este retorno não ocorrer é melhor evitar os territórios controlados por eles.
Ao contrário do que é esperado pela Camarilla, não pretendem repetir a história e retornar a corte, pretendem permanecer livres de suas amarras e lutar pelos seus interesses, e sim, o príncipe está correto quanto a evitarem o território dos Gangrel[6], desde a sua saída e com o avanço da exploração da região, se tornaram cada vez mais hostis.
Malkavianos[editar | editar código-fonte]
A história dos lunáticos se mistura à da cidade em diversos momentos, iniciando na construção do forte e passando pelos principais eventos ocorridos até os dias atuais. O Principe Nero foi o primeiro membro do clã na região, e por mais de um século foi o responsável pelo feudo que receberia o seu nome anos mais tarde.
Pouco se sabe sobre os motivos que levaram o príncipe a declarar aquela região como seu domínio, mas sabe-se que devido a sua política de boa vizinhança muitos vampiros se juntaram a sua corte. A destruição do forte ordenada por ele e o seu desaparecimento ainda é cercado de mistérios, mas foi o suficiente para provocar uma comoção em diversos membros do clã.
As peregrinações realizadas por Malkavianos de todas as crenças e religiões resultaram na fundação da cidade, que passaria a se chamar Nero Forte. As raízes do clã se tornaram tão profundas durante este período, que se tornou impossível imaginar a região sem a presença deles – o que viria a ocorrer durante um período sombrio da história.
A escolha por colocarem um nobre no poder da cidade provocaria a ira dos lunáticos, que de uma noite para a outra apareceram com uma profecia e uma maldição. A cidade escolheu o clã, não o contrário. Eles deveriam liderar, ou não haveria comando. Eles deveriam apontar o caminho, ou não teriam um destino pela frente.
Não haveria cidade sem aqueles que a construíram, e com isso em mente os membros do clã se afastaram de suas responsabilidades. A única participação dos lunáticos durante o período de crise ocorreu durante uma tentativa de invasão realizada pelo Sabá, que aproveitou o momento de divisão entre os clãs para tentar conquistar Nero Forte.
A ajuda dos lunáticos foi também uma maneira de derrubar os seus rivais políticos. Ao impedir a invasão, os Malkavianos relembraram o feito realizado pelo Principe Nero e incendiaram metade da cidade no processo. Não demoraria para que reassumissem o poder depois deste episódio, embora estejam cada vez menos interessados na política da corte.
A influência e importância dos lunáticos na cidade vai muito além dos eventos aqui descritos. A participação do clã ocorre em muitas camadas, ainda que pareçam cada vez mais focados em seus próprios interesses. Para os outros clãs a percepção é de que se individualizaram, mas a verdadeira suspeita é de que eles sabem algo que não querem contar.
Nosferatu[editar | editar código-fonte]

A vergonha da cidade na visão dos outros clãs da Camarilla, os ratos[7] pagam o preço por um descuido que por pouco não custou uma derrota para o Sabá. Importantes no passado quando responsáveis pela construção e planejamento de Nero Forte, os seus túneis foram o caminho para uma invasão inimiga que só foi impedida por um incêndio proposital.
A quase destruição da cidade no segundo grande incêndio marca os Nosferatu[7] até os dias atuais, sendo tratados com desdém e sem nenhuma importância politica, embora ainda que presentes em elísios. A comunidade perdeu em números, embora muitos acreditem que sua população seja maior do que os belos rostos conhecidos na superfície.
Ainda responsáveis pelos túneis, mantém o acesso aos mesmos restritos, fechando muitas passagens após o massacre sofrido em derrota para o Sabá[8]. A presença dos ratos em Nero Forte, no entanto, não se resume a passagens e acessos a construções feitas por eles em toda a cidade, a espionagem como sempre faz parte de seus serviços.
A relação com a Camarilla apesar de complicada costuma funcionar para os dois lados, os ratos são deixados em seu canto e conseguem o que querem através de chantagens, e a seita usa de seus serviços quando necessário. As humilhações por conta de seu passado parecem não fazer mais diferença para eles, aprenderam a existir com isso.
Toreadores[editar | editar código-fonte]

Atraídos para a cidade desde as peregrinações e interessados na mistura de crenças e culturas em um mesmo lugar, os Toreadores aproveitaram a oportunidade para desenvolverem as suas competências. Envolvidos com os rebeldes e com os lunáticos, foram essenciais para a construção de uma identidade artística e educacional para Nero Forte.
Os membros do clã da rosa possuem boas relações com os Malkavianos desde a sua chegada a cidade, podendo dizer que aceitaram parte de sua loucura e a aplicaram em suas obras mais famosas. A política de boa vizinhança também se estendia aos rebeldes, embora nos últimos anos este vínculo venha se azedando por interferência dos Ventrue.
A importância dos Toreadores vai muito além de sua participação na cultura de Nero Forte, sendo os principais responsáveis por fazerem o meio de campo no relacionamento entre os clãs representados na corte. Reflexo desta reputação é visto na posição de senescal, que por consenso dos outros clãs é sempre ocupado por um degenerado.
Ao contrário do nome do clã, a sua história na cidade está longe de ser um mar de rosas. Envolvidos em conspirações desde que estreitaram as suas relações com os nobres, passaram a sofrer questionamentos sobre a sua posição na hierarquia e acumularam adversários políticos poderosos – o que coloca a sua posição como braço direito dos lunáticos em risco.
Tzimisce[editar | editar código-fonte]

Os dragões possuem raízes e uma história quase tão antiga quanto os lunáticos na cidade, e dizem reivindicar o que é seu por direito em suas ações com o Sabá. Os primeiros membros do clã do dragão vieram do leste europeu fugidos de seus senhores, e aceitaram servir o príncipe de Nero Forte em troca de um domínio.
A relação de colaboração com o príncipe duraria até o grande incêndio, quando a maior parte dos dragões seria destruída em uma tentativa de tomar o poder com o recém-formado Sabá. Após o fracasso, os membros restantes do clã se isolaram em uma mansão nos arredores da cidade – onde pretendiam formar um exército de carniçais e proclamar o domínio para si.
A corte só ouviria falar do clã quase um século mais tarde, quando descobriram que os carniçais haviam sido abandonados por seus senhores e estavam atacando outros vampiros da cidade em busca de vitae. Ao derrotarem os servos dos Tzimisce, descobriram que os dragões tinham deixado a cidade para atuar em nome de sua seita em outras frentes.
O retorno dos Tzimisce ocorre no início do século dezenove, revivendo o incêndio que quase destruiu a cidade no passado. Acompanhados dos Lasombra e de outros membros que integravam o Sabá, os dragões estiveram muito perto de tomarem o domínio para si, no entanto, os lunáticos souberam contornar o problema e derrotar o inimigo usando o passado como exemplo.
Apesar da derrota, os dragões não abdicaram de sua luta e conquistaram territórios da Torre nas últimas décadas. A maior de suas vitórias está no centro de Nero Forte, que passou a ser controlada pelo clã e serve como um ponto estratégico para o Sabá. Ainda que envolvidos com a seita, as motivações e os verdadeiros interesses do clã neste retorno a cidade são obscuros até para os seus aliados.
Ventrue[editar | editar código-fonte]

Os primeiros nobres foram enviados a cidade em meados do século dezessete com a missão de convencer o príncipe a fundar uma corte em Nero Forte. Apesar de considerarem a tarefa de lidar com os lunáticos ingrata e de não terem perspectivas a respeito da cidade, um dos membros da comitiva decide ficar e assumir o assento como representante do clã.
Ao assumir a reponsabilidade e atender as solicitações vindas da seita de maneira exemplar, o nobre aumentou a sua influência e recebeu proteção contra rivais políticos que despontavam na recém-formada corte. A cidade que antes contava com apenas um único nobre, passou a receber novos membros a convite daquele que se tornaria o Primigênie do clã em Nero Forte.
As intenções da seita em colocar um nobre no poder da cidade eram claras, e causaria desentendimentos com os lunáticos em uma disputa política desequilibrada. Após anos de conluio, o clã escolhido pela seita assumiria o controle, sendo o representante dos nobres o primeiro não lunático na posição de príncipe desde a fundação da cidade.
Os nobres estiveram no comando da cidade por quase três séculos, e durante este período lidaram com as crises anunciadas pelos lunáticos na noite em que deixaram o poder. As maldições declaradas encontraram o seu ápice durante uma invasão do Sabá, que resultaria em um incêndio responsável por destruir metade de Nero Forte.
Após o segundo grande incêndio muitos membros do clã abandonaram a cidade, deixando um príncipe enfraquecido no poder. Era uma questão de tempo para que os lunáticos recuperassem o controle, o que ocorreria após um processo que duraria cerca de meio século. A imagem dos Ventrue estava arranhada depois de anos desastrosos no comando – o que não os impediria de insistirem em seu plano maior.
Apesar do fracasso enquanto estavam no poder, muitos nobres passaram a controlar a cidade de maneira indireta. A mudança veio após a segunda guerra mundial, quando uma parte dos membros do clã aproveitaria a descoberta de recursos para investir no crescimento industrial da cidade, e a outra metade passaria a controlar a máfia japonesa.
Referências externas[editar | editar código-fonte]
- ↑ https://vtm.paradoxwikis.com/Toreador
- ↑ 2,0 2,1 https://vtm.paradoxwikis.com/Brujah
- ↑ 3,0 3,1 https://vtm.paradoxwikis.com/Camarilla
- ↑ 4,0 4,1 https://vtm.paradoxwikis.com/Malkavian
- ↑ 5,0 5,1 https://vtm.paradoxwikis.com/Ventrue
- ↑ https://vtm.paradoxwikis.com/Gangrel
- ↑ 7,0 7,1 https://vtm.paradoxwikis.com/Nosferatu
- ↑ https://vtm.paradoxwikis.com/Sabbat