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[[City of Mist - Zona Industrial]]
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=== O Centro Histórico ===
Séculos atrás, talvez até milênios, os primeiros imigrantes se assentaram na área que agora é a Cidade. Conta a História que essa gente encontrou várias aldeias indígenas, ou, numa versão mais romantizada, vários monstros, espíritos e deuses. O assentamento prosperou e evoluiu, ficando cada vez mais rico e populoso. Depois de um tempo, o lugar se tornou a Cidade que você agora vê diante dos seus olhos. Mas tudo começou aqui, no Centro Histórico. Antigas construções de pedra e ruas de paralelepípedos com postes de ferro fundido formam a base desse distrito aglomerado, dando a aparência de um lugar parado no tempo. Marcos históricos da Cidade se espalham por onde a vista alcança, de mansões históricas pomposas com jardins bem cuidados a casarões tombados onde antes vivia alguém importante. Conforme você se aventura pelo bairro, fica cada vez mais difícil avançar de carro. Becos estreitos levam a lojinhas de artesanato excêntricas, hoteizinhos bucólicos, bistrôs ruins da moda e galerias de arte, então se abre para pequenas praças decoradas com fontes antigas esculpidas com maestria. O Centro Histórico é simplesmente encantador; ironicamente, tem um clima quase estrangeiro, muito diferente da Cidade moderna que, apesar de próxima, parece viver em outro tempo. Todos que você encontra aqui têm histórias interessantes sobre o lugar, e quase dá para sentir os anos que aquelas pedras testemunharam. Se o que você quer é uma paisagem excêntrica e incomum, é aqui que você encontra. O Centro Histórico é um tesouro de antiguidades mundanas e mágicas. Cada sótão ou porão está lotado de conhecimento ancestral, de artefatos de outros tempos trazidos pelos marinheiros e piratas de terras distantes a pergaminhos e mapas que registram os primórdios da Cidade e os pactos com entidades malignas. Não é de  e surpreender que todos os acadêmicos estranhos, artistas de rua bizarros e aspirantes a místicos acabam aqui. À noite, ladrões tentam superar medidas de segurança moderna para colocar as garras em artefatos de valor inimaginável, sem nem notar as inscrições antigas, o perigo real do lugar. Quase todos os habitantes do Centro Histórico descendem dos povos nativos da Cidade, dos primeiros imigrantes ou de ambos. As construções são quase todas propriedade de fortunas antigas, famílias que mantiveram o lugar livre dos interesses comerciais do centro comercial. Aqui, o ambiente é de paz e tranquilidade, com segredos inefáveis enterrados sob os paralelepípedos. Ninguém fala dessas coisas; as famílias de sangue azul sabem muito bem como sofrer em silêncio. Ainda assim, o boato é que mais de uma dessas famílias carrega falhas de linhagem — maldições, numa linguagem mais simples. Bem, até aí, pode ser só resultado de séculos de casamentos inter-familiares.


=== A Zona Industrial ===
=== A Zona Industrial ===
Durante o dia e noite adentro, a Zona Industrial segue em marcha mecânica, engolindo montanhas de matéria prima e um fluxo constante de trabalhadores dos distritos residenciais. As muitas oficinas e fábricas, cada uma mais barulhenta que a outra, um aglomerado de gente, engrenagens e partes de metal fundidos e então regurgitadas para outra fábrica, para o próximo passo da linha de produção. As chaminés e tubulações tortuosas cuspindo fuligem, fumaça e dejetos, enquanto as estradas congestionadas vão pouco a pouco cuspindo funcionários cansados e convocando novos. De toda essa balbúrdia sai uma variedade de produtos, alguns feitos com esmero, alguns outros embrulhados e enviados para todos os cantos da cidade. Pensando bem, o distrito inteiro é uma única máquina gigantesca. Só depois que você se acostuma ao barulho e à poluição é que os detalhes começam a aparecer. O distrito é dividido entre centenas de fábricas e armazéns. Na área de indústria leve, é possível achar pequenas oficinas e mecânicas, onde homens enormes e tatuados de regata suja e mulheres duronas de macacão oferecem consertos rápidos, reparos e customizações em veículos e eletrônicos. Na zona comercial, lojas enormes de material de construção se misturam a lojinhas antiquadas onde especialistas de monóculo consertam relógios ou eletroportáteis delicados por trás das grossas lentes de uma lupa. Fábricas abandonadas com telhados industriais e claraboias imundas abrigam linhas de produção antigas operando com um quadro de funcionários reduzido, só esperando o crivo inevitável da modernização. Fileiras de galpões e armazéns parecem se estender infinitamente e, mais atrás, complexos gigantescos de corporações e linhas de produção e refinarias estatais se estendem por quilômetros, algumas maiores que todas as zonas menores somadas, abrigando sabe-se lá o quê. As noites revelam um fato muito conhecido: a Zona industrial é uma terra sem lei. Embora a polícia e os inspetores do governo percorram o distrito durante as 24 horas do dia, são equipes muito pequenas para o tamanho da Zona industrial, e suas operações não avançam sem o apoio do interesse público (tirando alguns condomínios baratos para trabalhadores, o distrito não tem registro de residentes). Aqui, o submundo floresce, oferecendo desde raves alucinantes até rinhas violentas para quem buscar diversão e adrenalina. Gangues de rua e irmandades secretas estabelecem sedes improvisadas em hangares iluminados pelas chamas de lixo queimando em barris esvaziados, dando tiros de metralhadora para o alto e uivando feito lobos. E sobre todo esse caos o vento sopra silencioso, entre silos e torres de resfriamento cravejadas pelas luzes vermelhas que servem de guia aos aviões. De lá de cima, é fácil ver que não é com as partes agitadas da Zona Industrial que a polícia devia se preocupar; é com as áreas silenciosas.
Durante o dia e noite adentro, a Zona Industrial segue em marcha mecânica, engolindo montanhas de matéria prima e um fluxo constante de trabalhadores dos distritos residenciais. As muitas oficinas e fábricas, cada uma mais barulhenta que a outra, um aglomerado de gente, engrenagens e partes de metal fundidos e então regurgitadas para outra fábrica, para o próximo passo da linha de produção. As chaminés e tubulações tortuosas cuspindo fuligem, fumaça e dejetos, enquanto as estradas congestionadas vão pouco a pouco cuspindo funcionários cansados e convocando novos. De toda essa balbúrdia sai uma variedade de produtos, alguns feitos com esmero, alguns outros embrulhados e enviados para todos os cantos da cidade. Pensando bem, o distrito inteiro é uma única máquina gigantesca. Só depois que você se acostuma ao barulho e à poluição é que os detalhes começam a aparecer. O distrito é dividido entre centenas de fábricas e armazéns. Na área de indústria leve, é possível achar pequenas oficinas e mecânicas, onde homens enormes e tatuados de regata suja e mulheres duronas de macacão oferecem consertos rápidos, reparos e customizações em veículos e eletrônicos. Na zona comercial, lojas enormes de material de construção se misturam a lojinhas antiquadas onde especialistas de monóculo consertam relógios ou eletroportáteis delicados por trás das grossas lentes de uma lupa. Fábricas abandonadas com telhados industriais e claraboias imundas abrigam linhas de produção antigas operando com um quadro de funcionários reduzido, só esperando o crivo inevitável da modernização. Fileiras de galpões e armazéns parecem se estender infinitamente e, mais atrás, complexos gigantescos de corporações e linhas de produção e refinarias estatais se estendem por quilômetros, algumas maiores que todas as zonas menores somadas, abrigando sabe-se lá o quê. As noites revelam um fato muito conhecido: a Zona industrial é uma terra sem lei. Embora a polícia e os inspetores do governo percorram o distrito durante as 24 horas do dia, são equipes muito pequenas para o tamanho da Zona industrial, e suas operações não avançam sem o apoio do interesse público (tirando alguns condomínios baratos para trabalhadores, o distrito não tem registro de residentes). Aqui, o submundo floresce, oferecendo desde raves alucinantes até rinhas violentas para quem buscar diversão e adrenalina. Gangues de rua e irmandades secretas estabelecem sedes improvisadas em hangares iluminados pelas chamas de lixo queimando em barris esvaziados, dando tiros de metralhadora para o alto e uivando feito lobos. E sobre todo esse caos o vento sopra silencioso, entre silos e torres de resfriamento cravejadas pelas luzes vermelhas que servem de guia aos aviões. De lá de cima, é fácil ver que não é com as partes agitadas da Zona Industrial que a polícia devia se preocupar; é com as áreas silenciosas.

Edição das 00h34min de 8 de janeiro de 2024

Neon Shadows - mundo de CoM Noir dos anos 60

Neon Shadows é o mundo de City of Mist que se passa entre 1950 e 1970, baseado na estética Noir com toques cinematográficos e no estilo para cinema.

Neste projeto existem aventuras que sempre estarão dispostas nesse estereótipo e possuem itens de cenário compartilhado entre as aventuras, mas não necessariamente compõem uma linha cronológica conhecida, desta maneira, cada aventura, é de uma certa maneira, uma obra cinematográfica individual e não obrigatoriamente conectada a outros arcos narrativos em Neon Shadows.

Estética

O mundo de Neon Shadows se baseia em uma dose gigantesca do Noir Original, mas também começa a introduzir a modernidade da estética Neon sem abrir mão do retrô e da temática clássica dos anos dourados do cinema. Pense em Neon Shadows como um cenário de filme dos anos 60 aproximadamente. Carros pesados e seu design curvilíneo, a tensão da corrida espacial e os dramas do capitalismo versus comunismo como pano de fundo, e a ascensão das crenças pessoais em um estilo de vida legitimamente americano de exuberância e liberdade que foi chamado de sonho americano.

Distritos

A divisão de distritos em Neon Shadows, seguirá a mesma divisão conhecida de City of Mist, podendo ter ou não alguma área específica, dependendo do “filme” que estão rodando no momento. Por exemplo: uma aventura, cujo o arco estará limitado a uma certa região como o Centro da cidade por exemplo, não precisa ter o distrito do Proletariado disponível na aventura, contudo, nada impede de ser “chamado” pela narrativa individual dos jogadores, e imediatamente o bairro existirá na aventura. Isso acontece com detalhes de endereço em específico, não há a obrigatoriedade, em nenhum nível de conhecer a fundo os detalhes geográficos da cinematografia da aventura, mas conhecer e criar esses detalhes sempre é bem visto. Uma descrição genérica e atemporal é dada a seguir, e pode ser encontrada no livro de City of Mist no Guia do Jogador, a partir da página 34.

City of Mist - Centro

City of Mist - Proletariado

City of Mist - Centro Histórico

City of Mist - Zona Industrial

A Zona Industrial

Durante o dia e noite adentro, a Zona Industrial segue em marcha mecânica, engolindo montanhas de matéria prima e um fluxo constante de trabalhadores dos distritos residenciais. As muitas oficinas e fábricas, cada uma mais barulhenta que a outra, um aglomerado de gente, engrenagens e partes de metal fundidos e então regurgitadas para outra fábrica, para o próximo passo da linha de produção. As chaminés e tubulações tortuosas cuspindo fuligem, fumaça e dejetos, enquanto as estradas congestionadas vão pouco a pouco cuspindo funcionários cansados e convocando novos. De toda essa balbúrdia sai uma variedade de produtos, alguns feitos com esmero, alguns outros embrulhados e enviados para todos os cantos da cidade. Pensando bem, o distrito inteiro é uma única máquina gigantesca. Só depois que você se acostuma ao barulho e à poluição é que os detalhes começam a aparecer. O distrito é dividido entre centenas de fábricas e armazéns. Na área de indústria leve, é possível achar pequenas oficinas e mecânicas, onde homens enormes e tatuados de regata suja e mulheres duronas de macacão oferecem consertos rápidos, reparos e customizações em veículos e eletrônicos. Na zona comercial, lojas enormes de material de construção se misturam a lojinhas antiquadas onde especialistas de monóculo consertam relógios ou eletroportáteis delicados por trás das grossas lentes de uma lupa. Fábricas abandonadas com telhados industriais e claraboias imundas abrigam linhas de produção antigas operando com um quadro de funcionários reduzido, só esperando o crivo inevitável da modernização. Fileiras de galpões e armazéns parecem se estender infinitamente e, mais atrás, complexos gigantescos de corporações e linhas de produção e refinarias estatais se estendem por quilômetros, algumas maiores que todas as zonas menores somadas, abrigando sabe-se lá o quê. As noites revelam um fato muito conhecido: a Zona industrial é uma terra sem lei. Embora a polícia e os inspetores do governo percorram o distrito durante as 24 horas do dia, são equipes muito pequenas para o tamanho da Zona industrial, e suas operações não avançam sem o apoio do interesse público (tirando alguns condomínios baratos para trabalhadores, o distrito não tem registro de residentes). Aqui, o submundo floresce, oferecendo desde raves alucinantes até rinhas violentas para quem buscar diversão e adrenalina. Gangues de rua e irmandades secretas estabelecem sedes improvisadas em hangares iluminados pelas chamas de lixo queimando em barris esvaziados, dando tiros de metralhadora para o alto e uivando feito lobos. E sobre todo esse caos o vento sopra silencioso, entre silos e torres de resfriamento cravejadas pelas luzes vermelhas que servem de guia aos aviões. De lá de cima, é fácil ver que não é com as partes agitadas da Zona Industrial que a polícia devia se preocupar; é com as áreas silenciosas.